A
Escatologia Bíblica é um estudo que visa a produzir no servo de Deus esperança
(Tt 2.14), consolando-o (1 Ts 4.18) e aumentando o seu desejo de morar no céu
(Ap 22.20). Ela não tem como objetivo aterrorizar os salvos com especulações
sem nenhum embasamento bíblico, como temos visto em nossos dias.
Quando eu
ministro sobre o assunto nas igrejas, costumo reservar um período para
responder às perguntas que os irmãos me enviam por escrito. E uma das mais
frequentes é: “O que o Senhor Jesus quis dizer com a frase ‘Ai das grávidas’,
em Mateus 24.19?”
Não são
poucos os eisegetas (e não exegetas) terroristas que extraem a aludida frase de
seu contexto, interpretando-a de modo fantasioso e excessivamente trágico.
Alguns chegam a afirmar que as crianças que estiverem nas barrigas das mães
serão arrancadas delas no instante em que ocorrer o Arrebatamento da Igreja. E
citam a advertência “Ai das grávidas!” como abono à sua opinião aterrorizadora,
que em nada edifica, conforta ou exorta os servos de Deus.
Em primeiro
lugar, é importante observar que o Senhor Jesus não estava se referindo ao
Arrebatamento quando falou das grávidas em Mateus 24. Neste capítulo, Ele
responde a uma pergunta tripartida de seus discípulos, os quais desejavam saber
(1) quando se dariam “essas coisas” e (2) que sinal haveria “da tua vinda” e
(3) do “fim do mundo” (v.3).
A resposta
do Mestre também foi tríplice e abrangeu: (1) o que aconteceria naquele século
(a destruição do Templo e de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 d.C.), bem como
(2) os sinais ligados ao Arrebatamento e (3) os relativos aos eventos que
antecedem o fim do mundo. Nesse caso, à luz do seu contexto imediato, o aviso
“Ai das grávidas” está relacionado com a fase final da Grande Tribulação.
Quando
Israel estiver cercado pelos exércitos do Anticristo (Ap 16.13-16), os civis
terão grande dificuldade de escapar dos bombardeios inimigos, principalmente as
mulheres grávidas. Mas observe que o “ai” estende-se às que amamentam,
excluindo qualquer possibilidade de interpretação fantasiosa das palavras do
Senhor: “ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!” (Mt 24.19).
Portanto, o
Senhor se referiu à dificuldade de toda a população civil israelense,
especialmente as mulheres gestantes e as que estiverem amamentando, em empreender
fuga ante a chegada iminente dos inimigos. Mas, aproveitando a pergunta em
apreço, evoco outra: O que acontecerá com as crianças que estiverem no ventre
de suas mães, por ocasião do Arrebatamento?
No caso das
mães salvas em Cristo Jesus, não há dúvidas de que as crianças em seus ventres
serão arrebatadas. Uma vez que a vida delas depende de suas genitoras, e estas
irão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Ts 4.17), é evidente que as crianças
não-nascidas, ainda em seu estado da inocência, participarão do grande Rapto da
Igreja.
E quanto às
crianças de ventre cujas mães não pertencem ao povo de Deus? Elas serão
arrancadas das mães, deixando-as desesperadas? Não! Como depende da vida da
mãe, e esta não será arrebatada, a criança continuará no ventre e nascerá
normalmente na Grande Tribulação. Caso sobreviva aos juízos divinos desse
terrível período, ingressará no Milênio com os povos naturais e terá a
oportunidade de ouvir o Evangelho e ser salva.
Se as
crianças filhas de descrentes vierem a morrer na Grande Tribulação, ainda na
fase da inocência — período em que as suas faculdades ainda não estão
suficientemente amadurecidas para serem convencidas de seus pecados e crerem em
Cristo para a salvação (Mc 16.16) —, elas serão salvas. Afinal, o Senhor Jesus
disse: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o
reino de Deus” (Lc 18.16). E Ele certamente se referia às crianças que ainda
estão no período da inocência.
Nos
próximos artigos desta série, pretendo discorrer mais sobre a grande exploração
que está havendo ultimamente em torno dos assuntos escatológicos. Há,
infelizmente, muitos especuladores, oportunistas, mercadejadores da Palavra (2
Co 2.17; 2 Pe 2.3), se aproveitando da credulidade do povo para apresentar uma
escatologia aterrorizadora, amedrontadora, contrária ao que a Palavra de Deus
estabelece. Aguarde o meu novo artigo sobre o assunto.
A
Escatologia Bíblica é um estudo que visa a produzir no servo de Deus esperança
(Tt 2.14), consolando-o (1 Ts 4.18) e aumentando o seu desejo de morar no céu
(Ap 22.20). Ela não tem como objetivo aterrorizar os salvos com especulações
sem nenhum embasamento bíblico, como temos visto em nossos dias.
Quando eu
ministro sobre o assunto nas igrejas, costumo reservar um período para
responder às perguntas que os irmãos me enviam por escrito. E uma das mais
frequentes é: “O que o Senhor Jesus quis dizer com a frase ‘Ai das grávidas’,
em Mateus 24.19?”
Não são
poucos os eisegetas (e não exegetas) terroristas que extraem a aludida frase de
seu contexto, interpretando-a de modo fantasioso e excessivamente trágico.
Alguns chegam a afirmar que as crianças que estiverem nas barrigas das mães
serão arrancadas delas no instante em que ocorrer o Arrebatamento da Igreja. E
citam a advertência “Ai das grávidas!” como abono à sua opinião aterrorizadora,
que em nada edifica, conforta ou exorta os servos de Deus.
Em primeiro
lugar, é importante observar que o Senhor Jesus não estava se referindo ao
Arrebatamento quando falou das grávidas em Mateus 24. Neste capítulo, Ele
responde a uma pergunta tripartida de seus discípulos, os quais desejavam saber
(1) quando se dariam “essas coisas” e (2) que sinal haveria “da tua vinda” e
(3) do “fim do mundo” (v.3).
A resposta
do Mestre também foi tríplice e abrangeu: (1) o que aconteceria naquele século
(a destruição do Templo e de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 d.C.), bem como
(2) os sinais ligados ao Arrebatamento e (3) os relativos aos eventos que
antecedem o fim do mundo. Nesse caso, à luz do seu contexto imediato, o aviso
“Ai das grávidas” está relacionado com a fase final da Grande Tribulação.
Quando
Israel estiver cercado pelos exércitos do Anticristo (Ap 16.13-16), os civis
terão grande dificuldade de escapar dos bombardeios inimigos, principalmente as
mulheres grávidas. Mas observe que o “ai” estende-se às que amamentam,
excluindo qualquer possibilidade de interpretação fantasiosa das palavras do
Senhor: “ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!” (Mt 24.19).
Portanto, o
Senhor se referiu à dificuldade de toda a população civil israelense,
especialmente as mulheres gestantes e as que estiverem amamentando, em
empreender fuga ante a chegada iminente dos inimigos. Mas, aproveitando a
pergunta em apreço, evoco outra: O que acontecerá com as crianças que estiverem
no ventre de suas mães, por ocasião do Arrebatamento?
No caso das
mães salvas em Cristo Jesus, não há dúvidas de que as crianças em seus ventres
serão arrebatadas. Uma vez que a vida delas depende de suas genitoras, e estas
irão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Ts 4.17), é evidente que as crianças
não-nascidas, ainda em seu estado da inocência, participarão do grande Rapto da
Igreja.
E quanto às
crianças de ventre cujas mães não pertencem ao povo de Deus? Elas serão
arrancadas das mães, deixando-as desesperadas? Não! Como depende da vida da
mãe, e esta não será arrebatada, a criança continuará no ventre e nascerá
normalmente na Grande Tribulação. Caso sobreviva aos juízos divinos desse
terrível período, ingressará no Milênio com os povos naturais e terá a
oportunidade de ouvir o Evangelho e ser salva.
Se as
crianças filhas de descrentes vierem a morrer na Grande Tribulação, ainda na
fase da inocência — período em que as suas faculdades ainda não estão
suficientemente amadurecidas para serem convencidas de seus pecados e crerem em
Cristo para a salvação (Mc 16.16) —, elas serão salvas. Afinal, o Senhor Jesus
disse: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o
reino de Deus” (Lc 18.16). E Ele certamente se referia às crianças que ainda
estão no período da inocência.
Nos
próximos artigos desta série, pretendo discorrer mais sobre a grande exploração
que está havendo ultimamente em torno dos assuntos escatológicos. Há,
infelizmente, muitos especuladores, oportunistas, mercadejadores da Palavra (2
Co 2.17; 2 Pe 2.3), se aproveitando da credulidade do povo para apresentar uma
escatologia aterrorizadora, amedrontadora, contrária ao que a Palavra de Deus
estabelece. Aguarde o meu novo artigo sobre o assunto.